segunda-feira, 11 de março de 2013

Range Rover entra na dieta do alumínio

LAND ROVER RANGE ROVER 2013

Em 1970, a Land Rover apresentava a primeira geração da linha Range Rover, que colocava mais luxo na gama de utilitários da marca britânica, formada, basicamente, pelo Defender, datado de 1948. Em 2013, o modelo chega em sua quarta geração na configuração Vogue, mais completa, e mostra que nunca é tarde para entrar na dieta. Com construção toda feita em alumínio de padrão aeronáutico, o Range Rover Vogue perdeu 420 kg, pesando agora “apenas” 2.360 kg na versão a gasolina e 2.330 kg com motor a diesel.

No Brasil, o preço também é de gente grande, já que o modelo não sai por menos de R$ 551.800. É na versatilidade do SUV que a Land Rover aposta para vender 200 unidades até o final de 2013. “Nossa projeção é para 200 unidades, mas eu já pedi 300 à fábrica, pois acredito que há espaço no mercado para isso”, declarou Flávio Padovan, presidente da marca no Brasil. O Range Rover Vogue está disponível nas versões Vogue SDV8 (R$ 551.800), Vogue SE SDV8 (R$ 575.800), Vogue SE Supercharger (R$ 583.800), Vogue Autobiography SDV8 (R$ 596.800) e Vogue Autobiography Supercharger (R$ 604.800).

Dieta com exercícios

Se o Range Rover Vogue perdeu peso, com certeza manteve os músculos. São oferecidos ao SUV duas opções de motorização: um 4.4 V8 biturbo a diesel 339 cv e 71,3 kgfm de torque a partir dos 1.750 rpm (SDV8) e um 5.0 V8 a gasolina sobrealimentado por compressor de ar e que gera 510 cv e 63,7 kgfm de torque aos 2.500 rpm (Supercharger). O último está disponível para as configurações Vogue SE e Vogue Autobiography, enquanto o primeiro pode ser equipado desde a versão de entrada Vogue. O câmbio é automático de oito marchas para ambos, com a opção de trocas manuais por aletas atrás do volante.

Com mais de duas toneladas e 1,8 m de altura, 2,1 m de largura, 5 m de comprimento e 3 metros de entre-eixos, o novo Range Rover tinha tudo para ser grande e desajeitado no asfalto. Mas não é. O segredo está na suspensão pneumática autoajustável e nas barras estabilizadoras que podem ficar mais firmes em curvas e mais flexíveis em situações fora de estrada. O resultado é perceptível: nas mudanças de direção, o SUV começa a rolar num primeiro instante, até que o sistema entre em ação e estabilize a carroceria. Por ser pneumática, a altura da suspensão pode ser alterada, podendo variar de 220 mm até 295 mm.

Em velocidades altas, esse sistema também pode baixar o carro para melhorar a aerodinâmica, e faz isso automaticamente. A Land Rover declara uma velocidade máxima de 250 km/h para a versão 5.0, com aceleração de 0 a 100 km/h em 5,4 segundos, enquanto o 4.4 a diesel chega a 218 km/h e atinge os 100 km/h partindo da imobilidade em 6,9 segundos. Esses números se traduzem num velocidade de cruzeiro de 120 km/h com o motor girando a pouco mais de 1.000 rpm na versão SDV8 e a cerca de 2.000 rpm na Supercharger, com fôlego para muito mais.

Pé na lama faz parte

Com um preço tão elevado, é difícil imaginar que um Range Rover Vogue sequer chegue perto de uma poça de lama. Porém, isso se dará por opção exclusiva do proprietário, pois o carro aguenta a trilha, para não dizer que faz pouco caso dela.

Além de cruzar pelas mal cuidadas rodovias de Goiás e do Distrito Federal, o iCarros teve a oportunidade de fazer o que poucos se atreveriam: chegar a Alto Paraíso de Goiás do jeito mais difícil. Cruzando estradas de terra, rios e até mesmo passando por cima de pedras, o Range Rover Vogue deixou para trás os obstáculos.

O segredo está no sistema Terrain Response que, na segunda geração, pode ler automaticamente o terreno e modificar o comportamento do carro, desde elevar a suspensão, dando ao modelo a capacidade de atravessar 900 mm de água, a até mesmo modificar o mapeamento do acelerador para entregar respostas mais rápidas ou lentas, de acordo com a necessidade.

A (grande) lista de equipamentos

De série o Range Rover Vogue entrega direção de assistência elétrica variável, rodas de 19 polegadas, interior em couro, ar-condicionado de três zonas, tela de entretenimento central touchscreen, duas telas para os bancos traseiros com comando individual e três fones de ouvido sem fio, bancos dianteiros elétricos e ventilados, acionamento elétrico do tampão traseiro, bancos traseiros com rebatimento elétrico, sistema de monitoramento de ponto cego e piloto automático.

A Vogue SE acrescenta mais uma zona de controle para o ar-condicionado, massageador elétrico nos bancos dianteiros, piloto automático adaptativo e sistema com cinco câmeras para assistência em manobras. A topo da gama, Vogue Autobiography, além de itens exclusivos com a assinatura versão, pode ser equipada com acabamento em couro até o teto. Essas duas versões também são equipadas com o Park Assist, que permite ao carro ler a vaga e estacionar o SUV sozinho.

Acabamento que, aliás, faz valer cada um dos milhares de centavos do carro. O couro é material mais usado na cabine, desde as portas até o painel, e mesmo os poucos plásticos utilizados são bem encaixados e de boa qualidade. Não houve economias. Os vidros possuem tratamento acústico para diminuir o ruído para os passageiros e todas as janelas já de vidro laminado, mais seguro contra roubos e vandalismo.

ICarros

Nenhum comentário:

Postar um comentário